“Ibaneis fez sua parte, mas impasse no governo Lula trava avanços”
A histórica rivalidade entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) continua sendo um entrave para avanços concretos. Na última sexta-feira, o Governo Federal anunciou um reajuste de 18,8% para as forças de segurança do DF, uma medida importante, mas que não será suficiente enquanto prevalecer a falta de unidade entre as corporações. Essa divisão não afeta apenas os profissionais envolvidos, mas compromete diretamente a segurança da população, que depende de instituições coesas e alinhadas em prol do bem comum.
O exemplo de Goiás é emblemático: lá, a união das forças de segurança foi determinante para a conquista da valorização salarial e para o fortalecimento do sistema de proteção à sociedade. O alinhamento remuneratório foi apenas uma das conquistas, mas o reflexo maior está nos resultados práticos, com índices de criminalidade reduzidos e maior confiança da população.
No DF, é preciso reconhecer o esforço do governador Ibaneis Rocha, que contingenciou parte significativa do Fundo Constitucional para cumprir sua promessa de campanha e viabilizar o reajuste. Sua postura se aproxima da adotada pelo governador Ronaldo Caiado em Goiás, que priorizou investimentos estratégicos em segurança pública e hoje colhe frutos concretos.
Fica claro que apenas a união será capaz de mudar o cenário atual. Mais do que uma disputa por espaço, é necessário que as forças compreendam que o verdadeiro objetivo é a valorização de todos os profissionais e, sobretudo, a garantia da segurança da população do Distrito Federal. Somente caminhando lado a lado será possível alcançar conquistas duradouras.
Francisco Silva de Andrade Júnior – Policial Militar do Distrito Federal, Especialista e Mestrando em Segurança Pública pela Universidad Kennedy (Argentina)
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