Forças de Segurança do DF: reajuste travado e dignidade em jogo
Quatro anos de arrocho.
A pressão cresce no Congresso, e a bancada do DF cobra celeridade. O argumento é simples: os números mostram que o Fundo Constitucional comporta o aumento, sem prejuízo para saúde e educação.
Nos bastidores, o clima é de insatisfação. Um policial ouvido pelo blog, em condição de anonimato, desabafou:
“Pago aluguel, escola das crianças, supermercado, e ainda preciso fazer bico pra fechar as contas. O 18% propostos pele governo federal virarão pó. A gente arrisca a vida todo dia e pede apenas dignidade”
O Governo do Distrito Federal (GDF) fez a sua parte: elaborou, justificou tecnicamente e encaminhou ao Planalto um pedido de reajuste robusto para as forças de segurança, em fevereiro deste ano.
O impacto financeiro é conhecido: cerca de R$ 2,3 bilhões por ano. E mais, estudos já apresentados demonstram que o Fundo Constitucional do DF comporta esse reajuste, sem afetar saúde e educação. Não há, portanto, argumento técnico forte contra a medida.
O que existe é vontade política — ou a ausência dela. O governo federal, até aqui, tem tratado o assunto com indiferença, como se fosse um problema periférico.
Enquanto o GDF pressiona e a bancada do DF insiste, o Planalto “dá de ombros”, deixando policiais e bombeiros e Polícia Civil na estagnação. Esse descompasso entre técnica e decisão política expõe um descas
o preocupante: os números provam a viabilidade, mas a realidade das tropas continua a mesma — quatro anos sem valorização efetiva.
Enquanto o debate emperra em Brasília, quem veste a farda sente na pele o peso da demora. O relógio corre, a inflação avança e a paciência das tropas se esgota.
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