Ex-assessor de Trump diz que Lula tem “cérebro de banana amassada”
O nível do debate político internacional às vezes ultrapassa a fronteira do bizarro — e foi exatamente o que aconteceu nos últimos dias. Steve Bannon, ex-estrategista de campanha de Donald Trump e figura central da extrema-direita global, resolveu atacar o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com uma ofensa digna de playground: disse que Lula tem “o cérebro de uma banana amassada”.
A declaração foi feita durante o programa War Room, transmitido por Bannon na internet, e repercutida no Brasil pelo Metrópoles. Segundo a matéria, ao comentar o cenário político da América Latina, Bannon se referiu a Lula como um “marxista ridículo” e afirmou que ele “não entende absolutamente nada de economia”.
“Esse cara é um idiota. O cérebro dele é uma banana amassada”, disparou Bannon no programa, segundo o Metrópoles.
Embora as falas de Bannon estejam longe de qualquer valor analítico ou diplomático, o episódio escancara mais uma vez o uso de linguagem vulgar e desrespeitosa como estratégia política. Isso não é novidade: o próprio Trump construiu sua carreira política com base em ataques pessoais, teorias da conspiração e desinformação viral.
Curiosamente, Bannon tem histórico de envolvimento com movimentos políticos no Brasil. Ele já foi apontado como conselheiro informal da campanha de Jair Bolsonaro em 2018 e mantém relação próxima com figuras da direita radical brasileira, como o deputado Eduardo Bolsonaro.
A fala contra Lula, portanto, não é isolada: ela se insere em uma tentativa contínua da ultradireita internacional de deslegitimar governos progressistas na América Latina e incendiar ainda mais a polarização política global.
No fim das contas, o que resta da fala de Bannon é uma metáfora infantil — “banana amassada” — que diz muito mais sobre o autor do que sobre seu alvo.
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