Bodes expiatórios de farda: o julgamento silencioso da PMDF

8 de Janeiro e a PMDF: A Versão que Querem Silenciar
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (ASOF) publicou nesta semana um posicionamento firme e corajoso sobre o julgamento dos oficiais presos após os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.
No documento, a entidade denuncia um cenário preocupante: profissionais de carreira, pais de família e cidadãos exemplares estão sendo tratados como culpados por uma narrativa política que não resiste a uma análise fria dos fatos.
Segundo a ASOF, muitos oficiais estão presos preventivamente há mais de um ano e meio, pré-julgados e esquecidos, enquanto aguardam um processo que, na prática, parece mais um tribunal político do que jurídico.
Vejam a nota da ASOF:

A outra face dos fatos
O que não é mostrado — e que dificilmente aparece nos grandes noticiários — é que as imagens do dia 8 também registram a atuação firme da PMDF na contenção da turba e na restauração da ordem na Esplanada dos Ministérios. Essas imagens não interessam à narrativa dominante, porque desmontam a tese de omissão ou apoio a um suposto “golpe”.
Mais grave ainda, a nota lembra que a culpa institucional foi jogada sobre a “alta cúpula da PMDF”, mesmo que muitos dos acusados estivessem apenas cumprindo escalas normais de serviço, sem qualquer participação em planejamento ou execução de atos ilícitos.
Enquanto isso, instituições centrais — como o GSI e a própria ABIN —, que poderiam e deveriam ter evitado a escalada dos acontecimentos, simplesmente desaparecem do debate.
Famílias destruídas e reputações arrasadas
O documento também expõe o drama humano: carreiras arruinadas, famílias destroçadas e reputações apagadas, tudo para alimentar a narrativa de um “lado A contra lado B” em um país rachado politicamente.
Na prática, oficiais e praças acabam servindo como massa de manobra para sustentar um discurso conveniente. A cada novo inquérito ou julgamento secreto, a possibilidade de defesa justa parece mais distante.
Resistência e solidariedade
Apesar disso, a ASOF reforça seu compromisso: estar ao lado dos oficiais e de suas famílias até o fim, denunciando arbitrariedades e ajudando material e moralmente quem precisa.
O recado é claro: não se trata apenas de defender indivíduos, mas de proteger o próprio princípio de justiça em um Estado de Direito.
Conclusão
O posicionamento da ASOF é um lembrete incômodo para quem prefere uma história de heróis e vilões pronta para consumo político. Ele questiona a seletividade das acusações, a omissão de atores-chave e a pressa em transformar servidores públicos em inimigos públicos.
O que está em jogo não é só o futuro de alguns oficiais, mas a garantia de que qualquer cidadão — farda ou não — tenha direito a um julgamento justo, sem condenação prévia e sem ser usado como bode expiatório.
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