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Crise do coronavírus pode terminar antes do imaginado, diz ganhador do Prêmio Nobel



CHRISTIANE GONÇALVES
JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES



Desde a descoberta do primeiro caso de coronavírus, milhares de cientistas foram encarregados de analisar estatísticas, estudos e pesquisas para oferecer uma previsão de quando essa pandemia terminará.


Após três meses, um ganhador de um Prêmio Nobel de química afirma que a crise do coronavírus pode terminar antes do que se espera. Entenda!


Tudo começou quando Michael Levitt, ganhador do Nobel e bioquímico da Universidade de Stanford, começou a investigar casos de COVID-19 na China.


Depois de conduzir vários estudos e trocar opiniões com especialistas, Levitt calculou que a China superaria o surto de coronavírus muito antes do esperado. E ele estava certo.

PASCAL LE SEGRETAIN/GETTY IMAGES





Enquanto muitos epidemiologistas alertam que levará meses ou até anos para a sociedade emergir completamente dessa pandemia, Michael diz que os dados não mostram um cenário tão terrível, especialmente em áreas onde existem medidas razoáveis de distanciamento social.


Em uma entrevista ao jornal norte-americano Los Angeles Times, o bioquímico explicou que a coisa mais importante agora é controlar o pânico e a histeria coletiva. Ele argumentou que, dessa maneira, será possível analisar com muito mais cuidado o número real de mortes e infecções pelo vírus.


Eis o que Levitt notou quando investigou os casos na China: em 31 de janeiro, o país registrou 46 novas mortes por coronavírus, em comparação com 42 mortes no dia anterior. Isso significa, segundo o especialista, que, embora o número de mortes diárias tivesse aumentado, a taxa desse aumento iria diminuir.


"Isso sugere que a taxa de aumento no número de mortes diminuirá ainda mais na próxima semana", escreveu Levitt em um relatório enviado a outros colegas pesquisadores em 1º de fevereiro. Logo, ele previu que o número de mortes começaria a diminuir diariamente.


Três semanas depois, Levitt disse ao site China Daily News que a taxa de crescimento do vírus havia atingido seu pico. Segundo seu prognóstico, o número total de casos confirmados de coronavírus na China terminaria em cerca de 80.000 infectados, com aproximadamente 3.250 mortes.


Sua previsão mostrou-se extremamente precisa: em 16 de março, a China havia registrado um total de 80.298 casos e 3.245 mortes, em uma nação de quase 1,4 bilhão de pessoas e onde aproximadamente 10 milhões de pessoas morrem anualmente.






Agora, Levitt, que recebeu o Prêmio Nobel de Química de 2013 por desenvolver modelos complexos de sistemas químicos, está vendo pontos de virada semelhantes em outros países, mesmo aqueles que não implementaram medidas de prevenção sanitária, como o isolamento social.


O especialista ainda analisou 78 países com mais de 50 casos relatados de COVI-19 e mencionou que, embora os números ainda sejam alarmantes, há sinais claros de crescimento lento, o que se traduz em uma melhor previsão global para esta crise.


Com essas declarações, Levitt pretende que os governos de todo o mundo entendam que a chave está em melhorar as medidas preventivas e em implementar um melhor sistema de detecção precoce - não apenas por meio de testes, mas também pelo monitoramento da temperatura corporal. mecanismo que a China já está realizando.


Embora a taxa de mortalidade do COVID-19 seja significativamente maior que a da gripe, Levitt tenta acalmar a população: "Não é o fim do mundo".






Após conhecer a opinião de um especialista, convidamos você, da melhor maneira possível, a respeitar as diretrizes propostas pelo em relação à quarentena e a cuidar de sua saúde e de seus entes queridos.


Matéria traduzida do original de VIX espanhol, do autor Carolina Lomas.
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