Trump autoriza CIA a realizar operações secretas e letais contra Maduro na Venezuela
Reprodução/ TV FOX News |
Autorização amplia ofensiva dos EUA contra o governo venezuelano, acusado de envolvimento com o narcotráfico
Por Álvaro Luiz
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu aval para que a Agência Central de Inteligência (CIA) conduza operações secretas na Venezuela, incluindo ações potencialmente letais, como parte de uma nova ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro.
A informação foi publicada pelo jornal norte-americano The New York Times nesta quarta-feira (15/10) e confirmada posteriormente pelo próprio Trump. De acordo com o veículo, o objetivo é aumentar a pressão política e militar sobre o regime venezuelano, acusado por Washington de comandar o chamado Cartel de los Soles, grupo apontado como responsável pelo tráfico internacional de drogas.
Escalada de tensões no Caribe
A decisão intensifica a disputa entre Estados Unidos e Venezuela, que se agravou nos últimos meses. Em agosto, o governo americano enviou navios e aeronaves militares para a região do Caribe, próxima à costa venezuelana, e ofereceu uma recompensa equivalente a R$ 50 milhões por informações que levassem à captura de Maduro.
Desde então, forças norte-americanas têm realizado ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas para os EUA. Segundo dados oficiais, 27 pessoas morreram nessas operações.
Atualmente, cerca de 10 mil soldados americanos estão posicionados em bases no Caribe e em Porto Rico, enquanto uma frota naval permanece em alerta na região. A Casa Branca teria deixado claro, em conversas internas, que o objetivo final é promover a saída de Maduro do poder.
Documento sigiloso
A permissão dada à CIA faz parte de uma chamada “autorização presidencial”, mecanismo que concede à agência amplos poderes para realizar ações secretas de segurança nacional. Embora o Congresso norte-americano seja notificado sobre esse tipo de medida, seus membros são legalmente impedidos de divulgar detalhes.
Historicamente, a CIA tem sido envolvida em operações clandestinas na América Latina, incluindo apoio a golpes militares no Brasil e no Chile durante o século passado.
Ataques recentes e reações internacionais
Na terça-feira (14/10), militares dos EUA bombardearam uma embarcação em águas internacionais próximas à costa venezuelana, resultando na morte de seis pessoas. O próprio Trump anunciou o ataque em sua rede social, Truth Social, afirmando que “nenhuma força americana sofreu danos”.
Esse foi o quinto bombardeio desde agosto na região. A intensificação das operações, porém, tem gerado críticas da comunidade internacional.
O governo da China condenou publicamente os ataques, classificando-os como uma violação do direito internacional e uma “interferência nos assuntos internos da América Latina”. Já a Human Rights Watch considerou as ações como “execuções extrajudiciais ilegais”.
Estratégia de Washington
A ofensiva é coordenada pelo secretário de Estado Marco Rubio, que também atua como conselheiro de segurança nacional de Trump. Ele tem sido uma das vozes mais duras contra o regime venezuelano, chamando Maduro de “narcoterrorista”.
Com o rompimento das negociações diplomáticas entre os dois países, Trump deixou claro que não pretende retomar o diálogo enquanto Maduro permanecer no poder.
📎 Fonte: Metrópoles, com informações de The New York Times
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