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Datena, o taco de bilhar de Jair Bolsonaro para o Senado



O comunicador, novo candidato à vida pública e bola da vez, não é benquisto em boa parcela da direita. Suas críticas, opiniões e devaneios contra o presidente, criaram um ambiente pouco amistoso no meio conservador.

É compreensível a rejeição; justificável, portanto. Mas para compreender a estratégia que possivelmente será adotada, precisamos pensar na disputa que temos pela frente e nos detalhes que estão fora do escopo da nossa visão de eleitor, militante e defensor do presidente.

Acreditem ou não, Bolsonaro tem bom relacionamento com Datena. Caso a indicação seja confirmada, devemos encará-la com maturidade política e buscar motivação para ajudar na dura e difícil missão de vencer as eleições. Não é hora de chorinho, nojinho, nem de fazer pirraça.

O torneio começou... Os adversários deram a tacada inicial sem haver conversões. O jogo espalhado sobre a mesa mostra várias opções. Com olhos de jogador que já vê bolas na boca e construiu suas jogadas na mente, a missão é converter todas sem devolver a vez aos adversários.

A primeira tacada da vez é a mais importante, porque definirá toda a partida. Será preciso, algumas vezes, sacrificar a “bola na boca” para não fechar o jogo, ou converter uma na diagonal com pressão suficiente para a tabela retornar a branca ao ponto de morte da bola na caçapa.

Fominhagem só atrapalha. Não pode haver erros, mascadas de taco, postura incorreta, pouco ou muito giz, ansiedade e ganância. Por esses motivos a escolha dos players é muito importante. Qualquer vacilo pode colocar nossos jogadores em sinucas de bico e resultar em derrotas.

Esse torneio não é para inaptos, aventureiros, deslumbrados e fanfarrões. E do nosso lado, entre os nomes colocados para a disputa, nenhum deles tem a tacada tão forte quanto a do Datena. Força e precisão são elementos da visão do presidente Bolsonaro para jogo tão complexo.

Força. O capital político que o jogador possui hoje e o que ainda pode conquistar: votos de fãs e admiradores, novos apoios e alianças políticas, carisma. Precisão. A capacidade de enfrentar qualquer cenário: debates, entrevistas, encontros com empresários, reuniões com o povão.

O nosso jogador deve ver os adversários como bolas a ser “matadas” e encaçapá-las. E quem, dos que se apresentaram, enxerga o jogo dessa maneira senão o próprio Bolsonaro? É nesse escopo que estão os motivos para as escolhas do presidente, que sabe qual jogador deve escalar.

São mais de 30 anos jogando o mesmo jogo. Bolsonaro conhece a fundo todas as regras, detalhes e bastidores desse game: os macetes, as “manhas” da partida, os truques e efeitos a serem pensados. Todo esse escopo está fora do alcance da nossa visão de mero espectador e opinador.

O presidente Bolsonaro, exímio jogador que é, está “cantando a bola” para nós. “A jogada é essa, pessoal”. Mas a teimosia e intransigência de muitos, que veem “bolas na boca” quando são tacadas que fecharão o jogo culminando em derrotas evitáveis, pode pôr tudo a perder.

Tendo apenas UMA vaga, o Senado é jogo para 8 milhões de votos, no mínimo. Repito, OITO MILHÕES DE VOTOS! Portanto, confiem no presidente.

E se algo der errado não será pq “você avisou”. É mais provável que o seu nojinho pelo Datena que não terá seu voto, seja o motivo. Nesse game não podemos "dar branca". Encaçapar a bola branca ou se suicidar, quando seu adversário te colocar numa sinuca de bico e fechar o jogo.

Texto do Jornalista Luiz Carvalho



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