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Mizael Bispo, condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassinato de Mércia Nakashima deixa a prisão



O detento Mizael Bispo, condenado a 22 anos e oito meses de prisão pelo assassinato da ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010, deixou a Penitenciária 2 em Tremembé no fim da tarde desta terça-feira (25) após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra prisão domiciliar por causa da pandemia de coronavírus.

O G1 apurou que ele deixou a prisão acompanhado dos advogados por volta das 18h. A defesa dele conseguiu um habeas corpus no STJ usando o argumento de que ele faz parte do grupo de risco.

A decisão do ministro relator Sebastião Reis Júnior, foi publicada nesta segunda-feira (24) pelo STJ.

Mizael não vai usar tornozeleira para monitoramento eletrônico porque não havia equipamento disponível. Ele vai cumprir prisão domiciliar em Guarulhos, na grande SP.

Trâmite

O pedido foi feito pela defesa de Mizael há cerca de cinco meses e se amparou no risco do detento contrair a Covid-19 na P2 de Tremembé, onde cumpre pena no regime semiaberto. Ele é hipertenso e tem imunidade baixa devido a um acidente de trabalho.

Os advogados de Mizael, Raphael Abissi, Benedito de Oliveira e Cely Cartagena, fizeram o pedido inicialmente à Justiça em Taubaté, mas com a demora em analisar o caso, recorreu ao STJ. No fim de junho, o ministro relator Sebastião Reis Júnior determinou, em caráter liminar, que a Vara de Execuções Criminais de Taubaté avaliasse o pedido em cinco dias.


Como o prazo não foi cumprido, a defesa ingressou com habeas corpus novamente no STJ e o relator decidiu por conceder a prisão domiciliar.
STJ determina que Mizael, condenado pela morte de Mércia Nakashima, cumpra pena em casa — Foto: Globo News



Crime


Da esquerda para a direita: Mizael Souza, carro de Mércia Nakashima, corpo da advogada sendo observado por um parente e foto da vítima — Foto: Fotomontagem/Reprodução/Arquivo/TV Globo/Paulo Toledo Piza/G1


O caso Mércia Nakashima ficou conhecido em 2010, quando o carro e o corpo da advogada, que haviam desaparecido de Guarulhos, na Grande São Paulo, em 23 de maio daquele ano, foram encontrados, respectivamente, nos dias 10 e 11 de junho dentro de uma represa em Nazaré Paulista.

A vítima tinha sido baleada e morreu afogada. A acusação é a de que o advogado e policial militar reformado Mizael matou a ex-namorada Mércia por ciúmes e vingança por ela não ter reatado o namoro, e de que Evandro o ajudou, levando-o até o local do crime.

Mizael e Evandro foram condenados pelos crimes de homicídio doloso qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa de Mércia. Ela tinha 28 anos.
Fonte: G1
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