Policiais Civis fazem operação padrão
Policiais engatam a marcha lenta Em assembleia, agentes da Polícia Civil decidem fazer operação padrão a partir de hoje. O atendimento nas delegacias e as saídas para as ocorrências serão reduzidos.
Agentes decidem fazer atendimentos com restrições a partir de hoje e o movimento pode ser intensificado a partir de 1º de junho.
Manifestantes pedem melhores condições de trabalho e que os 475 aprovados no último concurso sejam chamados.

A iniciativa visa chamar a atenção para a falta de pessoal na corporação, um dos maiores problemas enfrentados pela categoria, segundo o Sinpol. Dados do sindicato mostram que existem, hoje, 4,8 mil policiais distribuídos em 90 unidades. Entre as principais reivindicações, estão a convocação dos 475 aprovados no último certame, as melhores condições de trabalho e o reconhecimento da carreira como nível superior.
Na assembleia, eles também definiram que na terça-feira (26 de maio), as delegacias que operam como centrais de flagrantes só registrarão ocorrências durante as primeiras 24 horas. No mesmo dia, as demais unidades policiai só farão o cadastro de ocorrências criminais. Registros de extravio de documentos e acidente de trânsito sem vítima, por exemplo, não serão realizados. A categoria marcou nova assembleia para 1º de junho, quando pode decidir pela radicalização do movimento — com paralisação, greve e até fechamento de delegacias.
Academia
O presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, explicou que atender a ocorrências com menos de três policiais é uma atitude tomada pelos próprios agentes para driblar as dificuldades. “Vamos cumprir, a partir de agora, o que ensina a Academia de Polícia. O que sempre fizemos é tentar dar um jeito com menos profissionais, mas isso é um risco”, esclareceu. Segundo Franco, a categoria precisa de condições adequadas de trabalho. “Hoje, o agente de polícia faz o trabalho de escrivão e até de delegado. Precisamos de melhor estrutura para oferecer um serviço adequado à população do DF. Muitos agentes estão adoentados por causa da sobrecarga de trabalho”, destacou.
O Correio procurou a Polícia Civil, mas a Divisão de Comunicação informou, por e-mail, que a direção-geral da corporação só vai se manifestar quando for oficialmente comunicada das deliberações da assembleia. A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF afirmou que o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, seria o responsável por falar pelo governo a respeito do assunto. A reportagem entrou em contato com o delegado, mas ele estava em reunião.
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