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Segurança Pública foi decisiva!!!!

DF: Agnelo diz que irá terminar governo com zelo e fala em perseguição

Traições, alto índice de rejeição, falta de apoio da militância petista e problemas graves na saúde e na segurança pública determinaram a saída de Agnelo Queiroz da disputa ao Buriti sem mesmo ter a chance de alcançar o segundo turno

"A população não viu com plenitude a realidade. Nesta campanha, mostramos o que fizemos e cumprimos o que a gente pretendia, mas tivemos uma implacável perseguição(na campanha e ao longo do governo)"

Nos últimos três meses, o baiano de Itapetinga rodou Brasília de ponta a ponta. Tentou mostrar que fez o melhor para a capital do país. Nos discursos, ressaltava que pegara a cidade “em terra arrasada”. Lembrou-se das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e das creches em período integral. Mas, vencido pelos altos índices de rejeição, inclusive dentro do próprio governo, não conseguiu apoio nem para disputar o segundo turno. Foi traído e abandonado por correligionários. Com isso, o governador Agnelo Queiroz (PT) teve apenas 20% dos votos...

Ontem, visivelmente abatido, Agnelo fez um pronunciamento à imprensa horas após o resultado, às 20h40. Ficou incomodado ao ser questionado se as traições resultaram no enfraquecimento da coligação. De cabeça baixa, no entanto, negou que a situação tenha sido determinante para a exclusão dele na disputa ao Buriti. “A população não viu com plenitude a realidade. Nesta campanha, mostramos o que fizemos e cumprimos o que a gente pretendia, mas tivemos uma implacável perseguição(na campanha e ao longo do governo)”, alegou. O petista classificou a derrota como um “resultado soberano das urnas” e agradeceu aos que votaram nele. “Sofremos todos os tipos de ataques e, mesmo assim, vocês acreditaram.”

Ao lado do vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB), e da primeira-dama, Ilza Queiroz, Agnelo disse que ainda não definiu a quem deve apoiar no segundo turno. O governador afirmou que cada partido da coligação tem liberdade para decidir. “Isso não é um projeto individual”, ressaltou. Em uma carta escrita aos brasilienses, Agnelo declarou que aceita o resultado com humildade e desejou que o sucessor tenha “persistência e seja destemido para enfrentar o que ainda não teve a solução”.

Pontos fracos
Sobre planos, o petista disse que, com a consciência e o coração tranquilos, cumprirá a tarefa de governo até 31 de dezembro. A proposta é entregar pelo menos duas UPAs até o fim do mandato. “Passamos por uma guerra jurídica para que eu fizesse mais dessas unidades”, reclamou. Agnelo finalizou o discurso agradecendo à coligação e à família. “Tenho certeza de que vou concluir a missão que recebi com zelo, dedicação e muito mais responsabilidade ainda. Agradeço à minha família o apoio que nunca me faltou e aos meus companheiros, pela caminhada. Por fim, agradeço a Deus pela proteção e a fé em que sempre me apoiei e que me permitiu chegar até aqui”, concluiu.

O próprio governo não sabe explicar os altos índices de rejeição de Agnelo, que alcançaram quase 50% ao longo da campanha. Mas o que muito se fala é que dois pontos fracos do também médico foram a segurança pública e a saúde. Parte da desaprovação pode estar relacionada ao não cumprimento da principal proposta da campanha de 2010: melhorar a situação dos hospitais públicos. As filas e as longas esperas nos pronto-socorros desagradaram aos brasilienses.

Agnelo ainda enfrentou problemas dentro do governo. A ampla aliança, ao longo do mandato, se mostrou frágil. Durante a campanha, os 16 partidos da coligação não deram sustentação. Casos de traição de candidatos proporcionais foram comuns. Só os mais fiéis dos correligionários fizeram campanha com Agnelo. Um deles foi Chico Vigilante (PT).

Apesar do abandono de parte do PT, a derrota de Agnelo vai marcar o partido no DF. Pela segunda vez, a legenda não consegue reeleger um governador. Aconteceu também com Cristovam Buarque, em 1998. Então filiado ao PT, ele perdeu a chance de administrar a capital por mais quatro anos para Joaquim Roriz, apesar da administração ostentar altos índices de aprovação. A diferença é que a disputa foi acirrada, e Roriz venceu no 2º turno.

Em 2006, o PT também ficou em terceiro lugar, com uma campanha decepcionante para os petistas, liderada por Arlete Sampaio. O desempenho dela ficou bem abaixo dos embates travados pelo PT com adversários nos três pleitos anteriores. Em 2002, Magela perdeu por uma margem de menos de 20 mil votos para Roriz. Ontem, no entanto, ele saiu tão derrotado quanto Agnelo, em terceiro lugar na corrida ao Senado.
Fonte: Correio Braziliense 
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1 comentário

  1. AKI SE FAZ, AKI SE PAGA!
    NÓS MILITARES SOMOS ASSIM, PROMESSA É DÍVIDA!
    NÃO CUMPRIU SUMA PARA OS QUINTOS DO INFERNO!
    AGORA QUE VAI SE TORNAR UM COMUM, NÃO SE ESQUEÇA:
    NUNCA MAIS APERTE A MÃO DE UM PM OU BM!!!!!

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