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Bolsonaro diz que governo estuda estender parcelas auxílio emergencial

Em sua live semanal, Bolsonaro defendeu a retomada do projeto da Carteira de Trabalho Verde e Amarela e também a privatização dos Correios


O governo avalia prorrogar o prazo das parcelas de auxílio por mais um mês, porém com valor abaixo de R$ 600; na Câmara, o presidente Rodrigo Maia disse que a retirada do auxílio agora ‘não é uma decisão simples’


Por Cláudio Ulhoa


O auxílio emergência de R$ 600 que o governo federal está dando à população por causa da adoção de medidas preventivas contra o novo coronavírus deverá ter seu prazo estendido. Essa possibilidade foi dita pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ontem (28) durante a transmissão de sua live semanal na internet. Bolsonaro falou que já conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que teria sido acordado uma quarta parcela do auxílio, porém ela não teria o valor atual, ficaria abaixo dos R$ 600. “Está definindo o valor, para ter uma transição gradativa e que a gente espera que a economia volte a funcionar”, disse o presidente.


No Congresso, a decisão de manter o auxílio também é vista com bons olhos, porém lá os congressistas querem que o valor atual de R$ 600 seja mantido. Em alguns casos, como os posicionamentos de parlamentares da oposição, fala-se em estender o auxílio emergencial até dezembro.


Se compararmos ao que o governo repassou aos bancos, cerca de 1,2 trilhão, para dar liquidez a essas instituições, os gastos com o auxílio emergencial tem um valor bem abaixo. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, cujo presidente também participou da live com Bolsonaro, cada parcela do auxílio – que atende 59 milhões de cidadãos – custa R$ 48 bilhões, às três parcelas somadas chegam a R$ 144 bilhões.


O auxílio emergencial começou a ser discutido logo no início dos primeiros casos de covid-19 no país. Pela proposta inicial do governo, o vale seria de R$ 200, na Câmara ele foi alterado para R$ 600. Ontem, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que é simpático a manutenção no auxílio por mais meses e que também seja mantido o valor de R$ 600.


“Acho muito difícil que ele [o auxílio] não seja prorrogado. A gente sabe o custo. Eu tenho medo de redução do custo do auxílio emergencial, o que isso impacta na reação das pessoas. Não é uma decisão simples. Prorrogar acho que é um consenso. O que vai se debater é o valor. E acho que a redução do valor pode gerar, da mesma forma que o não auxílio, consequências na base da sociedade”, ressaltou Maia em entrevista coletiva ontem durante seminário promovido pela Câmara para debater o retorno da atividade econômica após o isolamento social.


Além de comentar sobre a prorrogação do auxílio emergencial, o presidente também falou da geração de emprego. Segundo Bolsonaro, com o retorno das atividades sociais, uma das metas do governo será voltar a discutir forma de sistema para a geração de empregos – dados do IBGE mostram que hoje há 12,8 milhões de pessoas desempregadas.


“O Paulo Guedes quer dar uma flexibilizada para facilitar a empregabilidade. A gente vai precisar disso, não adianta falar que tem todos os direitos e não ter emprego pela frente. Só tem uma maneira: desonerar, descomplicar, simplificar a questão trabalhista”, afirmou o presidente. Para Bolsonaro, um bom exemplo dessa simplificação trabalhista é o projeto que cria a chamada Carteira de Trabalho Verde e Amarela, que tenta ingressar os jovens no mercado de trabalho.


Outra saída, segundo o presidente, será a venda de estatais, a começar pelos Correios, que de acordo com ele, será privatizado. “Estamos sim buscando privatizar muita coisa, mas não é fácil. Tem empresas que obrigatoriamente passam pelo Congresso, vai ter reação”.

Crise política


A novela entre o governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) continua. Ontem, após o ministro Edson Fachin encaminhar ao presidente da Corte, Dias Toffoli, o pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, para suspender as investigações sobre as fake news (notícias falsas). O pedido de Aras veio logo após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão na casa de blogueiros que apoiam Bolsonaro.

Continuidade das investigações que resultou na busca e apreensão na casa de blogueiros apoiadores de Bolsonaro será decidida pelo plenário do STF


Agora, com a decisão de Fachin, todos os 11 ministros terão que decidir sobre a suspensão das investigações que tem um braço no STF, com o ministro Alexandre de Moraes, que resultou no mandado de busca e apreensão, e outra no Congresso, onde transcorre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.


Nos bastidores do Supremo, a maioria dos ministros já se manifesta no sentido de que o inquérito sobre notícias falsas deve ser mantido.

GDF


A gestão de Ibaneis Rocha (MDB) colocou o Governo do Distrito Federal (GDF) no primeiro lugar no ranking da OpenKnowledge Brasil (OKBR). O motivo, segundo anúncio feito pelo próprio GDF, foi “enfrentamento ao novo coronavírus e também na maneira transparente como tem conduzido as questões referente ao assunto”. Em relação à transparência, o governo obteve nota máxima de 100 pontos.


“A avaliação considera a publicação de informações em sites oficiais do governo referentes a questões que envolvem a pandemia da Covid-19 – como casos, status de atendimento, doenças preexistentes, ocupação de leitos e testes, entre outros enfoques”, explicou o GDF.


Através do site Portal Covid-19 o GDF tem possibilitado que a população tenha acesso a todas as compras realizadas em razão do combater e prevenção da pandemia.


Fonte Blog do Ulhoa
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