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PM CAPIXABA FARÁ ANTI DOPING NOS POLICIAIS


"Quem usa droga não pode exercer atividade policial", diz coronel ao defender antidoping para PMs"

Nylton Rodrigues acrescenta que o teste também será exigido para as ocasiões em que o militar fizer algum tipo de curso de habilitação ou aperfeiçoamento
Foto: Ricardo Medeiros

Os 315 militares listados no fim desta publicação - de aspirante a oficial a tenente-coronel - foram convocados na manhã desta sexta-feira (8), para realizarem o exame toxicológico. Não há suspeita sobre nenhum desses PMs quanto a uso de drogas, mas o exame passa a ser um pré-requisito para promoção na carreira militar.

É a primeira vez na história que todos policiais do Estado vão passar por este tipo de avaliação após terem ingressado na carreira. O exame toxicológico/antidoping, que será rotineiro, é do tipo “janela de larga detecção”, que pode identificar o uso de qualquer tipo de droga nos últimos seis meses.

A coleta do material será feita nos dias e horários já marcados, no Hospital da Polícia Militar (HPM), sendo supervisionada por, no mínimo, dois membros da Comissão de Promoção ao Posto de Coronel (coleta dos Tenentes-Coronéis) ou dois membros da Comissão de Promoção de Oficiais (coleta dos demais Oficiais e Aspirantes a Oficial). Para realizar o exame, será retirado uma amostra de 3,5 cm de cabelo no couro cabeludo. Não possuindo, deverá ter 1,5 cm de pelo nas axilas, peito, braços, pernas ou púbis.

De acordo com o comandante da PM, coronel Nylton Rodrigues, este tipo de exame é importante por ser considerado incompatível com a atividade policial o uso de qualquer tipo de droga.

O policial que faz uso de substância entorpecente ilícita não pode exercer a atividade policialCoronel Nylton Rodrigues

Nos casos em que o resultado do exame for positivo para o uso de drogas, ou mesmo naqueles em que o policial se recusar a fazer o exame, o militar responderá a algum tipo de processo: conselho de justificação (oficiais), de disciplina (aspirante a oficial) ou a um procedimento administrativo (quem tem menos de 10 anos na corporação), que poderá resultar em demissão. "A investigação poderá concluir que, em casos de dependência química, o policial poderá ser licenciado ou aposentado. Contará ainda com o atendimento que o Hospital da Polícia Militar (HPM) oferece, o Programa Presta. Mas não voltará a exercer a sua função", destacou o comandante.

Este tipo de exame era realizado pelos policiais quando ingressavam na corporação, seja nos concursos para soldados ou naqueles destinados a formação de oficiais. A última etapa vencida por eles era este tipo de teste. "Mas as leis de promoções de praças e oficiais, aprovadas no primeiro semestre, trouxeram esta novidade. Agora, todos os que estiverem em algum quadro de acesso a promoção, até mesmo ao posto de coronel, para se tornar apto para a promoção, terá que passar pelo exame. E isto acontecerá a cada vez em que o militar tentar uma promoção, quantas vezes for necessário", explicou o coronel Nylton.

O comandante acrescentou ainda que o teste também será exigido para as ocasiões em que o militar fizer algum tipo de curso de habilitação ou aperfeiçoamento, como é o caso dos cursos de sargento e de aperfeiçoamento de oficiais. "Toda a tropa já formada, em algum momento, passará pelo teste", assinalou.

Um laboratório foi licitado pela PM para a realização dos testes. O resultado será divulgado em 30 dias após a coleta. O exame é de larga escala e poderá detectar algum uso de entorpecente feito nos seis meses anteriores. 

OS PRIMEIROS 315 CONVOCADOS

São policiais militares que estão no chamado "Quadro de Acesso", ou seja, pleiteando alguma promoção. Não há suspeita sobre nenhum deles quanto a uso de drogas. Mas, como já ressaltou o comandante Nylton Rodrigues, toda a tropa, em algum momento, terá que realizar o exame toxicológico, que passa a ser um pré-requisito para promoção na carreira militar.

Fonte: Gazeta on-line
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